O Dilema das Redes: 9 obras que também falam de perigos da tecnologia
Em futuros distópicos ou no presente, essas produções mostram realidades possíveis com o avanço da tecnologia
O impacto da tecnologia na vida cotidiana é tema de debate de diferentes projetos de regulamentação. Afinal, alguns aspectos negativos não são óbvios e aparentes. É o que mostra o documentário O Dilema das Redes (2020) da Netflix. Por meio de depoimentos de pessoas que trabalharam nas empresas de tecnologia e redes sociais, o documentário mostra que as plataformas trabalham para monetizar nossa atenção, controlar o conteúdo que vemos e aumentar o tempo que passarmos em frente às telas. A consequência disso é a polarização política, aumento de ansiedade e distúrbios como a dismorfia do Instagram.
No entanto, o documentário não é o único que faz críticas ao uso negativo de tecnologias. GUIA listou nove produções, entre filmes e séries, que mostram reflexões importantes sobre o futuro do uso da tecnologia.
A Era dos Dados (2020)
Série documental explora como o universo, as pessoas e a tecnologia estão interligadas. Desde a poeira no Deserto do Saara até a floresta Amazônica. Com a apresentação do Jornalista de Ciências Latif Nasser, os episódios tem até uma hora de duração. Alguns episódios, como “Monitoramento”, “Dígitos” e “Nuvens”, são bem interessantes para pensar sobre os impactos da tecnologia e entender como elas funcionam realmente.
Disponível na Netflix.
Rede de Ódio (2020)
Esse thriller polonês é inquietante e assustador. Afinal, quanto discurso de ódio você já não presenciou no seu feed nos últimos tempos?
Depois de ser expulso da Universidade de Varsóvia, o estudante Tomasz Giemza, consegue um trabalho no que seria uma agência de Marketing Digital. O trabalho? Destruir concorrentes de seus clientes por meio da criação de conteúdos cheios de desinformação, mentiras e trollagens. Tomasz, garoto de família pobre, movido a ressentimentos e uma vontade de ter acesso e oportunidades, mostra-se perfeito para a tarefa. Questionando a moralidade e a ferramenta mais poderosa das redes sociais, o ódio, o filme vai te deixar atordoado do começo ao fim.
Disponível na Netflix.
Black Mirror (2019)
“Isso é tão Black Mirror”: você já deve ter ouvido essa frase por aí. Essa série distópica produzida pela Netflix já conta com cinco temporadas e encontra alguns paralelos com a realidade. Cada episódio traz um conto de ficção científica, em que a tecnologia pode ser invasiva, violenta e até insensível. As histórias tratam de amor, cancelamento, política e outros temas, mostrando que os avanços tecnológicos nem sempre trazem benefícios. Apesar de alguns episódios beirarem o inimaginável, eles promovem reflexões importantes sobre o quão importante são essas ferramentas na nossa vida – e até onde estamos dispostos a ir por elas.
Disponível na Netflix.
Ela (2014)
Depois de um divórcio conturbado, Theodore (Joaquim Phoenix) decide testar uma nova tecnologia que promete ser uma companhia perfeita. Dublado por Scarlett Johansson, Samantha é um sistema operacional feito a partir de inteligência artificial e tem o poder de aprender mais sobre seu “dono” e ser mais do que uma simples assistente virtual. É assim que Theodore se apaixona e começa um relacionamento com a voz do programa. Além de um Oscar de Melhor Roteiro Original, o filme traz um novo olhar sobre o relacionamento entre pessoas e máquinas. E, ainda, comenta diversas tópicos que podem ser usados até no vestibular, como mostramos aqui.
O filme está disponível no YouTube e no Globoplay.
Matrix (1999)
Um clássico dos anos 2000, o filme das diretoras Lana e Lilly Wachowski foi capaz de criar um universo que nos faz duvidar sobre a realidade. Preso na Matrix, um sistema de inteligência artificial que suga a energia dos humanos, Thomas Anderson (ou Neo) descobre que sua vida (e a de todos os outros a sua volta) é uma ilusão.
Quando Morpheus o encontra, ele dá a Neo duas opções representadas pelas famosas pílula vermelha, caso ele queira descobrir a verdade, ou a pílula azul para continuar alienado pela Matrix. A obra compõe a trilogia formada por Matrix (1999), Matrix: Reloaded (2003) e The Matrix Revolutions (2003) e deve ganhar mais uma continuação em 2021.
O filme está disponível no YouTube, na Netflix e no Google Play.
EX_Machina: Instinto Artificial (2014)
Será que podemos confiar na inteligência artificial? Ex_Machina nos faz avaliar os perigos da AI. Após ganhar um concurso, o programador Caleb recebe a oportunidade de testar a nova criação do dono da empresa para o qual trabalha. A robô Ava é sedutora, inteligente, apaixonante e usa a coleta de dados para se tornar quase humana. Tanto que nem mesmo o Teste de Turing não consegue diferenciá-la de um humano qualquer.
Disponível no YouTube e no Globoplay.
Blade Runner: O Caçador de Androides (1982)
Outro clássico que traz robôs e inteligência artificial, Blade Runner imaginou uma outra realidade para 2019. Após uma rebelião nas colônias, os andróides chamados Replicantes vivem disfarçados entre os humanos na cidade. Agora, eles devem ser exterminados pelo detetive Deckard.
A dificuldade é a semelhança com os humanos. Porém, mais inteligentes, mais fortes e mais rápidos. O filme traz diversas questões filosóficas práticas como as cidades megapopulosas e a poluição que degrada as cidades. Em 2017, a obra ganhou uma continuação chamada Blade Runner 2049 com novas percepções sobre o mesmo problema.
O filme de 1982 está disponível no YouTube, no Google Play, na Globoplay e no Now. Já Blade Runner 2049 está disponível na Netflix.
Mr. Robot (2015)
Nessa série de suspense, o programador Elliot é engenheiro de segurança cibernética da maior empresa de tecnologia dos EUA, a Evil Corp. Quando cai a noite ele se torna um hacker justiceiro. Um grupo de ciberativismo o recruta para destruir a firma onde trabalha. Assim como Rede de Ódio, o filme não propõe uma realidade distópica. Mr. Robot mostra, na verdade, o universo hacker e suas complexidades.
Disponível no Prime Video.
Westworld
A série é ambientada em um parque de diversões altamente tecnológico. Os robôs são as atrações que servem aos humanos para realizarem qualquer fantasia que desejarem. Em um mundo onde a maioria das doenças já foram curadas, as pessoas começam a procurar passatempos que nem sempre são considerados positivos.
E, apesar de não serem impostos limites aos humanos, os robôs são programados com as famosas leis da robótica, em que não podem machucar o que tenha vida. Até que se tornam conscientes da própria existência e do que os rodeia. Esão presentes na série as reflexões sobre o que é a humanidade e a qual é o limite do progresso
A série está disponível no HBO GO.
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