WandaVision: entenda a Ciência por trás da série da Disney+
A série se tornou a mais assistida do mundo em um mês
Que WandaVision é a série queridinha do momento, você provavelmente já sabe. Em menos de um mês desde o lançamento, ela se tornou a mais assistida do mundo, desbancando Bridgerton – a mais assistida da Netflix. O lançamento da Marvel no serviço Disney+ atingiu um índice de 8.127 de audiência: 81 vezes mais assistida do que a média das séries vistas em streaming em janeiro. É o que dizem os dados rastreados pela TVision, que analisa a audiência de serviços de streamings nos Estados Unidos. Será que essa maravilha ainda ajuda na hora de estudar Ciência e atualidades? Sim. O GUIA analisa a Ciência por trás da série.
Mas antes, vamos recapitular: Wanda e Visão são um casal de heróis que fazem parte dos Vingadores. Na série, eles estão vivendo em Westview, uma cidadezinha que parece transitar pela história da televisão ao longo dos episódios. Para quem é fã de Marvel, desde o início a série já parece estranha, já que Visão teria morrido no filme Vingadores: Guerra Infinita, lançado em 2018 (isso ainda conta como spoiler?). Até aí, não temos muita Ciência já que trazer mortos de volta à vida ainda não é possível no mundo real. No entanto, alguns pontos de WandaVision podem sim ser interessantes para pensar na Ciência atual
1 – Multiverso
Sem entrar na teoria do multiverso da Marvel ou dar muitos spoilers sobre a série – afinal, o último episódio foi lançado nesta sexta-feira (5) -, a ideia de que existem realidades paralelas à nossa é tema de estudos de cientistas fora das telas. A hipótese surge a partir da ideia de que nosso universo é infinito.
Considerando que a parcela observável do nosso universo é limitada pela luz que chegou até a Terra, o limite do que vemos é de 13,8 bilhões de anos-luz – o tempo que se passou desde o big bang. Assim, a cada ano, vemos um pouco mais do Universo. Isso significa que existe uma grande parte dele que ainda não é possível de ser observada da Terra.
A teoria do multiverso se sustenta na hipótese de que, se o universo for infinito e composto dos mesmo elementos já identificados na parcela que conhecemos, com certeza existem outras galáxias semelhantes à nossa – e até iguais. Isso porque, estatisticamente, se há uma quantidade limitada de elementos, uma combinação infinita necessariamente tem repetições. Então há outras Terras com versões de nós em lugares do universo… ( eu sei, parece mais a descrição da série Dark do que algo real).
Vale lembrar que essa teoria ainda não é confirmada, ou seja, ainda é uma hipótese de pesquisa. Mas quem sabe? Só o (espaço) tempo irá dizer. Quer saber mais sobre o assunto? Dá play no vídeo da Maria Clara da SUPERINTERESSANTE.
2 – Inteligência artificial
Visão surge nos filmes como uma máquina que tem inteligência própria. Apesar de ganhar vida a partir da Jóia da Mente, um dos acontecimentos da série indica que a tecnologia é capaz de construir uma versão dele completamente mecânica – sem magia – com capacidade de tomar decisões e viver como um humano. Na vida real, é o que chamamos de inteligência artificial (AI).
Cientistas ao redor do mundo desenvolvem sistemas de inteligência artificial, que possuem percepção de ambiente, capacidade de aprendizado e a habilidade de análise para tomar decisões. Apesar de não ser numa escala tão desenvolvida como vemos em Visão, o futuro é cheio de possibilidades. Esse tipo de tecnologia está presente em diversas outras produções do mundo do audiovisual. “Westworld”, “2001: Uma odisseia no espaço”, “Exterminador do futuro”, “Ex-machina”, “Eu, Robô”… A lista é grande e as versões de cada um dos títulos da interação entre humanos e inteligências artificiais é diferente.
Mas não é preciso ter medo: ainda não foi possível reproduzir a mente humana em máquinas. O estudo, apesar de avançado, ainda não foi capaz de imitar emoções ou interpretar diversos sinais com a mesma facilidade que os humanos. Então, não seremos atacados pela tecnologia – pelo menos, por enquanto.
3- Frequência televisiva
Para millennials, falar de televisão de tubo é quase igual a falar de dinossauros. Então faz sentido explicar o porquê por trás do modelo de série de TV do mundo de WandaVision. Na série, só é possível ter contato com Westview por meio de uma interferência causada por um sinal de televisão que o Hex – a magia de Wanda sobre a cidade – emite.
Quando a tela de uma televisão de tubo fica cinza, é por causa do que chamamos de interferência. Ela ocorre quando duas ondas eletromagnéticas (ou mais) entram em contato. Isso pode gerar distorções no som e na imagem da televisão. Um jeito fácil de testar esse efeito é passar o telefone celular perto de uma TV de tubo. Como ambos emitem esse tipo de onda, o efeito é semelhante.
4- Androides
Este também é mais próximo do que já se vê nos trabalhos da comunidade científica. Apesar de ser feito de vibranium (um metal fictício, criado no Universo Cinematográfico da Marvel), Visão assume a forma de humano e se comporta como um: o que define o nosso conceito de androide. Eles já existem e fazem sucesso em feiras e congressos de tecnologia, pela semelhança assustadora com a fisionomia humana.
Um dos exemplos mais famosos é a robô Sophia. Ela já apareceu até em reportagem no Fantástico, em 2018. A humanoide foi considerada a robô mais inteligente do mundo e se assemelha muito à figura humana. Alem da aparência, ela também é um exemplo da tecnologia da inteligência artificial, o que significa que ela consegue analisar situações e até interagir em conversas.
++ Nada Ortodoxa: 4 motivos para assistir a série alemã
A evolução da tecnologia nos aproxima cada vez mais do que hoje chamamos de magia. Objetos que voam, máquinas que falam e telefones que se comunicam a milhares de quilômetros já foram uma vez considerados impossíveis ou até fruto de feitiçaria. A série WandaVision se encerra hoje com 9 episódios e abertura para mais participações no futuro da Marvel. Quem sabe o avanço da tecnologia não vai aumentar o número de itens nessa lista?
O que você achou dos últimos episódios de WandaVision? Conta pra gente nas redes sociais do GUIA!