Aluna nota mil na redação do Enem sentiu alívio ao ver o tema
Luana considera que o tema é próximo do dia a dia - mas que ainda assim exigia interpretação. Veja o texto da candidata
Assim como outros candidatos que fizeram o Enem 2023, a estudante Luana Pizzolato, de 20 anos, passou um sufoco até finalmente conseguir acessar as suas notas nesta terça-feira (16), quando o resultado do exame foi divulgado pelo Inep. Mas tudo ficou para trás quando uma amiga de Luana driblou a instabilidade do site e viu o resultado por ela: descobriu, então, que era uma das 60 nota mil na redação do Enem 2023.
Em conversa com o GUIA DO ESTUDANTE, a jovem contou sobre o sonho de cursar Medicina e as estratégias adotadas para alcançar a nota máxima na redação. Destacou que o tema desta edição contribuiu para o bom desempenho, por ser muito presente no seu dia a dia, mas que não foi exatamente fácil e exigiu interpretação.
Confira a trajetória de Luana e seus conselhos para outros vestibulandos.
O sonho da Medicina
Com o sonho de cursar Medicina desde criança, a candidata conta que já tirou notas boas em outra edições que a permitiriam entrar em outros cursos, mas que optou por perseguir sua verdadeira paixão. A família de Luana é do sul, mas ela mora em Santo André, ABC Paulista, onde cursou o Ensino Médio. Depois, passou a fazer cursinho no Poliedro.
A estudante começou a fazer o Enem como treineira em 2019 e só nos últimos 3 anos prestou o exame “para valer”. Até esta edição, sua maior pontuação na redação havia sido 920. Este ano, com a nota máxima, espera finalmente conquistar a aprovação.
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Um tema muito presente
Perguntada sobre o tema da redação do Enem 2023, “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, Luana afirma que ele não foi exatamente simples e pedia cuidado na interpretação.
“Achei o tema comprido”, opina. Ela conta que teve que destrinchar a frase para chegar ao núcleo da questão que deveria ser debatida. Ainda assim, não se desestabilizou, já que se tratava de um tema “muito presente no dia a dia”. Sentiu alívio e conseguiu argumentar com facilidade, relembra.
Para Luana, o tema do Enem 2023 foi também mais objetivo se comparado a anos anteriores, como em 2019 quando os candidatos debateram a “democratização do acesso ao cinema no Brasil”.
Veja abaixo o rascunho da redação da estudante:
Redação é estudo e prática
Fazer a prova do Enem exige estratégia – e a redação, ainda mais. Luana contou qual é a sua ao GUIA. Segundo a estudante, assim que pega o exame em mãos ela primeiro lê o tema da redação, mas sem a intenção de iniciar o texto naquele momento. Então, pensa no tema enquanto responde as questões de Linguagens e Humanas.
Depois de responder quinze questões de cada área do conhecimento, faz uma pausa para iniciar a organização das ideias da redação, anotando possíveis argumentos a partir dos textos de apoio. Depois, em algum espaço vazio da prova, começa a estruturar a redação. Separa o texto em:
- Introdução;
- Desenvolvimento 1;
- Desenvolvimento 2;
- Conclusão.
Para Luana, é essencial que os candidatos tenham a redação como algo importante no Enem e não como secundário. “É trabalho do ano inteiro”, afirma. Para a participante, é importante que estudantes tenham constância e se comprometam a escrever uma redação por semana no primeiro semestre, usando das horas disponíveis de estudo para entender a macro e a microestrutura do texto. Além disso, é importante sempre rever e corrigir os erros.
Já a partir da metade do ano, ela aconselha aumentar a frequência para duas redações por semana e com tempo cronometrado, para simular as condições que o candidato enfrentará no dia do Enem.
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Conheça seu repertório
Luana usou conteúdos de História como repertório em sua redação do Enem 2023. Ela conta que iniciou a introdução do texto abordando a luta das mulheres por direitos no Brasil do século 20.
Depois, seguiu argumentando contra o capitalismo e o patriarcalismo a partir de dois repertórios: Karl Marx e o período colonial. Para Luana, o mais importante é escrever muito e entender que um repertório não basta para todo texto. “A argumentação tem que ser autêntica”.
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