Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

Aprovação automática distorce resultados de pesquisa sobre educação básica

A baixa adesão ao Saeb, exame que mede o aprendizado de português e matemática, também afetou o índice

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 16 set 2022, 19h24 - Publicado em 16 set 2022, 15h43

Divulgado nesta sexta-feira (16), o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) indicou poucas mudanças na qualidade do ensino no Brasil entre 2019 e 2021, mas especialistas pedem cautela ao interpretar os dados. Uma análise apressada dos resultados levaria a conclusão de que a pandemia pouco afetou o aprendizado, desconsiderando medidas como fechamento das escolas e a aprovação compulsória dos estudantes.

Em síntese, o Ideb mede a qualidade do ensino na rede pública e privada e varia em uma escala de 0 a 10.

+ Como a pandemia agravou a exclusão escolar no Brasil

Para o Ensino Médio, o índice manteve-se estacionado em 4,2 quando comparado a última edição realizada antes da covid-19. Já nos primeiros anos do Ensino Fundamental, variou apenas de 5,9 para 5,8 – uma mudança que não dá conta de explicar o grande impacto da pandemia na alfabetização de crianças.

A variação ínfima nos números é explicada, principalmente, por dois fatores: a aprovação automática de alunos durante a pandemia, instituída em diversas redes de ensino no país, e a de estudantes que realizaram as provas de português e matemática do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica).

Continua após a publicidade

Isto porque estes são justamente os dois elementos que compõem o Ideb: ele é calculado cruzando os dados de aprovação e as notas obtidas no Saeb. Com a aprovação automática dos estudantes e a queda no número de participantes no Saeb, os resultados acabaram distorcidos, não representando os reais impactos da pandemia no aprendizado.

+ Uma em cada 10 crianças no Brasil não voltará às aulas, diz Unicef

Durante a divulgação do Ideb nesta sexta-feira, a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães, afirmou que, diferentemente do que ocorria em outras edições, o índice de agora não deve servir de parâmetro para avaliar a evolução da qualidade de ensino no país. “A comparabilidade com anos anteriores deve ser evitada, porque os resultados foram impactados pela mudança na aprovação dos estudantes”.

A aprovação compulsória dos estudantes foi uma recomendação do próprio CNE a fim de minimizar os impactos para os estudantes mais vulneráveis.

Continua após a publicidade

Em relação ao Saeb, alguns estados, como Roraima, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Bahia sequer alcançaram os critérios mínimos (50%) de adesão à prova, e por isso os números não entraram nos cálculos nacionais.

Compartilhe essa matéria via:

 Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso PASSEI! do GUIA DO ESTUDANTE e tenha acesso a todas as provas do Enem para fazer online e mais de 180 videoaulas com professores do Poliedro, recordista de aprovação nas universidades mais concorridas do país.

Publicidade

Publicidade
Aprovação automática distorce resultados de pesquisa sobre educação básica
Notícia
Aprovação automática distorce resultados de pesquisa sobre educação básica
A baixa adesão ao Saeb, exame que mede o aprendizado de português e matemática, também afetou o índice

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.