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Matrículas em cursos ligados ao meio ambiente crescem só 13,8% em 7 anos

Pesquisa aponta que os cursos de Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental tiveram queda no total de ingressantes de 21,5% e 30,3%, respectivamente

Por Da redação
Atualizado em 5 jun 2018, 14h26 - Publicado em 5 jun 2018, 13h56

O crescimento de estudantes matriculados em cursos de graduação ligados ao meio ambiente foi de apenas 13,8% entre 2010 e 2016, enquanto no mesmo período o percentual de ingressantes no ensino superior brasileiro aumentou quase três vezes mais, 36,4%.

Dados foram revelados em levantamento feito pela plataforma Quero Bolsa a partir dos dados disponibilizados pelo Censo Nacional da Educação em 20 cursos do setor ambiental, conforme enquadramento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Veja abaixo tabelas com o número total de alunos matriculados em todos os cursos de graduação no Brasil e os matriculados somente em cursos da área ambiental, em sete anos:

Todos os cursos

Ano Nº Total alunos Variação anual Variação (2010-2013/ 2014-2016) Variação (2010-2016)
2010 1.935.863
2011 2.105.028 8,74%
2012 2.486.892 18,14%
2013 2.429.862 -2,29% 25,52%
2014 2.805.678 15,47%
2015 2.585.236 -7,86%
2016 2.640.628 2,14% 8,67% 36,41%

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Ano Nº Total alunos Variação anual Variação (2010-2013/ 2014-2016) Variação (2010-2016)
2010 68.059
2011 74.311 9,19%
2012 81.932 10,26%
2013 83.010 1,32% 21,97%
2014 86.609 4,34%
2015 80.696 -6,83%
2016 77.463 -4,01% -6,68% 13,82%

Apesar das diferenças na variação entre 2010 e 2016,  é possível observar que os cursos ligados ao meio ambiente conseguiram seguir a tendência de crescimento do ensino superior até o ano de 2013. Segundo o diretor de inteligência de mercado do Quero Bolsa, Pedro Balerine, isso pode ser explicado pela intensidade em que ocorria o debate mundial sobre as mudanças climáticas, além do protagonismo exercido pelo Brasil no tema com a organização da Rio+20.

“Com a chegada da crise em 2015 no País, o assunto sustentabilidade aos poucos acabou saindo de cena. Na educação superior, o reflexo direto foi a queda de interesse dos estudantes pela área. A perspectiva é de que esse quadro seja pouco modificado nos próximos anos, uma vez que o alto nível de desemprego e a lenta recuperação da atividade econômica impedem que os assuntos ligados ao meio ambiente voltem a conquistar a merecida atenção da sociedade”, explicou Balerine.

Procura por cursos

A partir de 2014, os cursos que tinham um número maior de procura em anos anteriores também tiveram queda nas matrículas. É o caso de Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental, que apresentavam aumento de demanda de 20% e 30,9%, respectivamente, entre 2010 e 2013, mas teve recuo de 21,5% e 30,3% de 2014 a 2016. Confira na imagem:

(Clique para ampliar) (Quero Bolsas/Reprodução)

Em contrapartida, Agronomiamais voltada ao setor do agronegócio e não exclusivamente às relações do homem com a natureza, registrou crescimento de 70,3% no total de ingressantes nos sete anos.

“Esse cenário mostra a força e relevância do agronegócio na economia. Diante das crescentes exigências de qualidade e controle dos produtos de origem animal e vegetal no mercado internacional e nacional, o engenheiro agrônomo acaba sendo um profissional visado por boa parte dos produtores rurais do País”, disse Balerine.

Já entre os cursos com menor demanda de alunos, Engenharia Bioquímica e graduações ligadas aos Estudos de Energia revelaram uma intensa mudança: obtiveram evolução de 90,7% e 114,1%, respectivamente, no total de matriculados entre 2010 e 2016. Em contrapartida, Engenharia Agrícola apresentou retração de 36,1% no período.

(Clique para ampliar) (Quero Bolsas/Reprodução)
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Pesquisa aponta que os cursos de Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental tiveram queda no total de ingressantes de 21,5% e 30,3%, respectivamente

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