Pela primeira vez, medalhistas de competições científicas vão ingressar na Universidade de São Paulo (USP) por um processo seletivo à parte do vestibular e do Sisu. A Fuvest (fundação responsável pelo vestibular da universidade) divulgou a primeira lista de selecionados nesta segunda (7). Dos mais 1.500 inscritos, 81 alunos foram classificados.
Entre as competições aceitas pelo processo estavam olimpíadas nacionais e internacionais nas áreas de Matemática, Física, Biologia, Química, Astronomia, Informática e Robótica. As vagas eram destinadas especialmente para cursos de Engenharia e ciências exatas, mas há algumas opções em ciências humanas (como Gestão de Políticas Públicas, Design e Biblioteconomia) e ciências biológicas (como Farmácia, Ciências Biológicas e Ciências Biomédicas).
Pontuação
Para ingressar nessa modalidade, os candidatos não fizeram nenhum tipo de prova, apenas apresentaram comprovantes que atestavam as competições em que foram premiados. Para cada tipo de medalha (ouro, prata e bronze) foi atribuída uma pontuação.
Medalhas de bronze em competições nacionais, por exemplo, valem um ponto no sistema de notas que foi aplicado pela banca avaliadora da universidade. Já uma medalha de ouro em uma competição internacional, a mais bem pontuada, corresponde a 6 pontos. Os pontos eram cumulativos, então os candidatos que tinham mais medalhas saíram na frente. Cada instituto da universidade atribuiu também uma nota mínima aceita nos seus cursos.
Os selecionados no processo deverão realizar a matrícula em duas etapas, nas mesmas datas que os aprovados na Fuvest e Sisu. A primeira, virtual, acontece em 20/1/2020. A segunda ainda terá data e locais definidos.
Ao todo, a USP oferece 11.260 vagas nos seus cursos de graduação, divididas entre o vestibular tradicional (8.317), Sisu (2.830) e vagas para medalhistas (113). No processo deste ano, 32 vagas para medalhistas não foram preenchidas.