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Melhores Universidades 2017: PUCRS é a melhor instituição privada

PUC-Rio e FGV conquistam a segunda e a terceira posições, respectivamente, na Categoria Universidade do Ano - instituições privadas

Por Renata Costa, Lisandra Matias e Simone Toledo
Atualizado em 17 out 2017, 12h54 - Publicado em 16 out 2017, 06h00

Em sua 27ª edição, a tradicional avaliação de cursos superiores do GUIA DO ESTUDANTE mediu a qualidade de 16,7 mil graduações. A avaliação é uma pesquisa de opinião feita, basicamente, com professores e coordenadores de curso. Eles emitem conceitos que permitem classificar os cursos em bons (três estrelas), muito bons (quatro estrelas) e excelentes (cinco estrelas). Entenda como é feita a avaliação de cursos.

A partir da avaliação, são identificadas as melhores instituições de Ensino superior (IES) do Brasil – públicas e privadas – e aquelas que mais se destacam em oito áreas do conhecimento. Entenda os critérios do Prêmio Melhores Universidades 2017 aqui.

Veja a seguir as melhores instituições privadas de 2017:

A PUCRS, primeiro lugar entre as universidades privadas do Brasil, investe em inovação e em educação para o empreendedorismo

Campus da PUCRS, em Porto Alegre (BrunoTodeschini/Divulgação)

A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que conta com 20.530 alunos e 1.296 docentes em seus 59 cursos de graduação, está prestes a completar 70 anos de fundação em 2018.

O marco acontecerá em pleno período de atualização da instituição, que tem investido, nos últimos quatro anos, em mudanças no seu modelo de ensino. O objetivo é preparar cada vez mais seus alunos para os desafios do mercado de trabalho e do mundo.

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“Nosso modelo estabelece como eixos prioritários a interdisciplinaridade, o aprendizado pela pesquisa, a formação humanística, bem como a educação empreendedora aliada a um dos mais modernos ecossistemas de inovação e empreendedorismo, um dos nossos diferenciais”, diz o reitor Evilázio Teixeira.

Esse movimento também tem reflexos na gestão, com reconfiguração dos ambientes de ensino e uma nova organização por escolas, que teve início no ano de 2015. Atualmente já estão implementadas as Escolas de Humanidades, Direito, Medicina e Negócios. Até o final de 2017, estarão concluídas as escolas Politécnica, de Ciências da Saúde, de Comunicação, Artes e Design e de Ciências.

Infraestrutura para ensino e pesquisa

O campus único da PUCRS concentra mais de 200 laboratórios e espaços como a Biblioteca Central Ir. José Otão, o Museu de Ciências e Tecnologia, o o Parque Esportivo e o Instituto de Cérebro, especializado em pesquisas e atendimentos em neurologia.

Merece destaque o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), uma incubadora de empresas que reúne 120 organizações e faz a ponte entre a universidade e suas pesquisas com o mercado produtivo, incentivando e viabilizando projetos inovadores dos alunos e pesquisadores. Ainda, para os alunos dos cursos de saúde, a PUCRS possui um hospital próprio para aulas práticas e estágios, o São Lucas.

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A Universidade conta com mais de 570 estruturas de pesquisa (entre grupos, núcleos, laboratórios, centros e institutos), que desenvolvem aproximadamente 2000 projetos de pesquisa, sendo mais de 170 deles com parcerias internacionais.

Um deles é o Instituto Nacional de Saúde Respiratória Pediátrica, que estuda alternativas de prevenção a doenças respiratórias infantis. Outro é o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Tuberculose, que pesquisa medicamentos e vacinas para essa doença.

 Bolsa de pesquisa e serviço para o mercado

Além de participar dos programas de iniciação científica (IC) das agências de fomento do país e do Estado, a PUCRS tem um programa próprio de bolsas para incentivar projetos que promovam a interação entre diferentes áreas do conhecimento.

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São mais de 500 alunos de graduação bolsistas envolvidos em pesquisa, além de 36 alunos de ensino médio de diversas escolas de Porto Alegre. Estes são contemplados pela bolsa IC Jr.

Um novo projeto da PUCRS, o Service Learning (do inglês, aprendizagem por meio de serviços), une ensino e extensão, já que possibilita aos alunos de graduação desenvolver, dentro das disciplinas de seus cursos, soluções para empresas, ONGs e órgãos públicos. São mais de 1.100 alunos envolvidos a cada semestre em 177 projetos com impacto social e econômico.

Um deles é realizado junto à Associação Comunitária Campo da Tuca, em Porto Alegre. Os alunos da universidade desenvolveram o planejamento estratégico, campanhas de marketing e estabeleceram uma parceria com uma empresa para que os adolescentes atendidos pela instituição possam atuar como jovens aprendizes.

Além do Service Learning, outros projetos de extensão (em que os alunos prestam serviços para a comunidade) realizaram 425 mil atendimentos nas áreas de educação por meio de ações em escolas públicas; saúde, envolvendo assistência odontológica; assistência social, com a Incubadora de empreendimentos solidários; e cidadania, com o atendimento jurídico.

2º lugar: PUC-Rio

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Segunda colocada entre as universidades privadas do país, a PUC-Rio promove oportunidades para que alunos de diferentes cursos aprendam juntos

Edifício Cardeal Leme, que reúne os cursos de Engenharia da PUC-Rio (Camille Valbusa/PUC-Rio/Divulgação)

O campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no bairro da Gávea, zona sul do Rio, é considerado um cartão postal da cidade. Cercado por muito verde, tem 104 mil metros quadrados e agrega ali 1.304 professores e 12.724 alunos de graduação, além dos estudantes da pós-graduação.

A integração entre os cursos de graduação e pós, no entanto, não se dá apenas pelo mesmo ambiente compartilhado, embora a localização única contribua para isso. O que os une mesmo é a junção entre ensino e pesquisa em seus diversos níveis.

“Todos os professores da pós-graduação lecionam na graduação e isso permite que os alunos participem da pesquisa que o docente realiza. Dessa forma, há um mix entre os graduandos, mestrandos e doutorandos muito saudável para a formação de todos”, diz o professor Danilo Marcondes, assessor especial da Reitoria da PUC-Rio.

Atualmente, são 249 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), além daquelas oferecidas por outros programas que contemplam a pesquisa na graduação. “Mesmo quem não pretende seguir carreira acadêmica ganha muito em sua formação profissional ao realizar pesquisa, pois aprende a trabalhar em grupo e se integra a pessoas com diferentes mentalidades”, explica o professor.

Busca de Cursos

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Os estudantes mais bem classificados no vestibular são contemplados com bolsas de até 100% do valor de mensalidade. Ainda há programas voltados especialmente para os alunos das licenciaturas e para aqueles com renda familiar de até três salários mínimos.

Ampliando conhecimentos

Na PUC-Rio, alunos de diversos departamentos cursam aulas de formação básica juntos – como diversas disciplinas de Física e Química, por exemplo, cujas turmas são formadas por graduandos desses cursos e também das Engenharias.

Outra oportunidade para mesclar as turmas é proporcionada pelo programa Domínio Adicional, aberto a todos os bacharelados e licenciaturas. Inspirado nos chamados minors, das universidades norte-americanas, são 24 cursos sequenciais complementares com 20 a 30 créditos em torno de um tema comum, como empreendedorismo, estudos das cidades, estudos latino-americanos, política internacional e questões ambientais, entre outros. O objetivo é a complementação de estudos com foco em assuntos que atendam demandas atuais da sociedade e do mercado de trabalho.

25 anos de cooperação internacional

Em 2017, a PUC-Rio celebra seu programa de Cooperação Internacional, atingindo a marca de 346 instituições parceiras em todos os continentes. Anualmente recebe cerca de 1.200 alunos estrangeiros e envia a metade disso para instituições de outros países.  “Além de ser positivo para o aluno a interação com outras culturas, a experiência internacional é um diferencial na formação dele e em sua preparação para o mercado de trabalho”, afirma Marcondes.

Infraestrutura sempre em dia

Para manter seus laboratórios atualizados, a PUC-Rio firma parcerias com a indústria com o objetivo de desenvolver projetos, atraindo assim capital privado para a universidade. Cerca de 50% do orçamento anual da instituição tem essa origem, o que, além de beneficiar a infraestrutura, promove o ambiente de pesquisa. A parceria também abre portas para os alunos por meio de programas de estágios.

3º lugar: FGV

Terceira melhor universidade privada do país, a FGV oferece bolsas para premiar o bom desempenho acadêmico e incluir estudantes de baixa renda

Prédio da FGV, em Botafogo, no Rio de Janeiro (FGV/Divulgação)

A Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, tem pouco mais de 800 alunos em seu campus na Praia de Botafogo, onde são oferecidos apenas cinco cursos – Administração, Ciências Sociais, Direito, Economia e Matemática Aplicada.

Apesar do tamanho enxuto, é um dos dez maiores “think tanks” (centros de estudo) do planeta, o primeiro da América Latina, em ranking da Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos, que avaliou cerca de 7 mil instituições com maior poder de influência social e política no mundo.

A instituição atribui grande parte desse sucesso ao investimento que realiza em pesquisa e em seu corpo docente, composto por cerca de 200 professores. “Podemos afirmar que 100% deles têm doutorado, dos quais 90% feito em universidades estrangeiras”, diz Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pró-Graduação da instituição. Quando há vagas para docência, elas são anunciadas no Brasil e também em jornais internacionais, com o objetivo de atrair os melhores perfis profissionais e acadêmicos.

“Nosso corpo docente tem uma mescla de pessoas que vieram do mercado de trabalho com outras com formação estritamente acadêmica. Em ambos os casos, são profissionais com experiência internacional, seja universitária ou empresarial”, afirma Freitas.

Muitos deles ainda atuam como consultores para empresas, mantendo-se atualizados sobre a demanda do mercado. Todos os professores atuam na pós-graduação e na graduação, o que, segundo o pró-reitor, provoca um efeito altamente benéfico na formação dos graduandos, que entram em contato com inovação e pesquisa desde cedo.

A FGV mantém convênio com 200 instituições internacionais que recebem os alunos brasileiros e envia seus estudantes para a instituição carioca. “Acolher os estrangeiros beneficia muito nossos alunos, porque eles trocam experiências e vivências. Isso os incentiva a quererem ir para outros centros produtores de conhecimento”, conta Freitas.

Retenção dos melhores talentos

A instituição também oferece a seus alunos o programa de dupla titulação. Por meio dele, os alunos podem optar por obter dois diplomas na própria instituição, entre os cursos de Administração, Ciências Sociais, Direito e Matemática Aplicada. Em média, há cinco vagas para a dupla titulação em cada curso após um processo seletivo interno que inclui análise de histórico escolar e entrevista.

Outra possibilidade, para quem cursa Ciências Sociais, Direito, Economia ou Matemática Aplicada é a formação complementar, ao cumprir créditos em um desses  outros cursos. O objetivo é que os jovens se formem em uma graduação, porém tendo uma visão aprofundada também da outra.

Na busca pelos melhores talentos, o pró-reitor conta que a instituição oferece a bolsa Demanda Social, concedida após análise da condição socioeconômica dos alunos. “Mas sabemos que não adianta só isentar a mensalidade. Então para os estudantes de baixo poder aquisitivo, pagamos moradia, alimentação, livros e roupa para mantê-los aqui. Nossa taxa de retenção desses jovens com bolsa social é de 80%”, diz o pró-reitor.

A FGV oferece também algumas modalidades de bolsas de estudo para os alunos da graduação. A bolsa mérito dá 100% de isenção de mensalidade para os primeiros lugares de classificação do vestibular e do ENEM.

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