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Relatório aponta aumento no número de ditaduras no mundo; entenda razões

Países que estão se tornando autoritários têm em comum a polarização e a desinformação

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 24 abr 2023, 16h40 - Publicado em 24 abr 2023, 16h33

Há mais ditaduras do que democracias no mundo – e aproximadamente 72% da população global vive sob regimes autoritários. As informações são do relatório produzido anualmente pelo instituto sueco V-Dem, vinculado à Universidade de Gotemburgo e um dos mais renomados do mundo no tema.

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Em 2009, ano de ouro para a democracia no mundo, havia 44 países que se enquadravam como democráticos. Em 2022, este número caiu para 32, enquanto, na outra ponta, o número de governos ditatoriais saltou para 33. Entre eles estão China, Irã, Haiti e Síria.

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Não é à toa que o documento afirma que o mundo vive uma “autocratização”.

+ Basta ter uma eleição para ser uma democracia?

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A escala da democracia

Vale lembrar, é claro, que nem tudo é preto no branco e a classificação pelo V-Dem considera diversos aspectos dos 180 países analisados. Liberdade de imprensa, segurança das eleições e violência policial são alguns destes fatores.

Por isso, entre uma ditadura e uma democracia plena há um caminho de direitos suprimidos que entram na conta. As chamadas “autocracias eleitorais”, por exemplo, realizam eleições multipartidárias, mas elas não têm o nível de transparência e segurança esperadas em uma democracia. A liberdade de expressão da população também não é assegurada.

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Já em uma democracia falha, as eleições costumam ser livres e justas, mas a liberdade de imprensa e outros elementos que configuram um sistema democrático, por vezes, estão comprometidos.

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Confira em qual categoria se enquadram alguns países do mundo, segundo a pesquisa sueca.

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Ditadura Autocracia eleitoral Democracia falha Democracia plena
China Iraque Brasil Uruguai
Coreia do Norte Venezuela Áustria França
Arábia Saudita Angola Argentina Alemanha
Iêmen Egito África do Sul Japão

+ Guerra do Iêmen: entenda o “conflito esquecido” do Oriente Médio

Desinformação, censura e mais: as causas da “autocratização”

Além de levantar números que indicam o crescimento das ditaduras no mundo, o relatório também tenta explicá-la ao listar quais são os fatores em comum entre os países que estão se “autocratizando” ou “democratizando”.

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Aqueles que vivem uma crise na democracia, por exemplo, têm em comum o aumento da censura à imprensa e às organizações da sociedade civil. A liberdade acadêmica e cultural também ficam sob ameaça.

Segundo o instituto, a desinformação, a polarização política e a “autocratização” são elementos que se retroalimentam.

+ Táticas de desinformação: o que são ‘cortina de fumaça’ e firehosing

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Os 8 países que nadam contra a maré

Apesar da onda autoritária que varre o mundo, oito países que oscilavam no espectro ditatorial apresentaram uma melhora recente. São eles: Bolívia, Moldávia, Equador, Maldivas, Macedônia do Norte, Eslovênia, Coreia do Sul e Zâmbia.

Algumas mudanças significativas na sociedade e no sistema político justifica essa recuperação. São elas:

+ Bolívia de Evo Morales a Luis Arce: entenda as mudanças do país

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O caso brasileiro

Este é o quarto relatório seguido do instituto V-Dem em que o Brasil aparece na lista de dez países que mais se “autocratizaram” no mundo. O cenário começou a se tornar crítico em 2015 e atingiu os maiores níveis em 2019. No ano passado, os índices que medem se as eleições são limpas e a violência eleitoral tornaram-se preocupantes, refletindo o cenário polarizado.

E mesmo após as eleições um episódio em específico acendeu o alerta sob os riscos da democracia no Brasil: em 8 de janeiro de 2022, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional reivindicando um golpe no país. O instituto sueco associou o evento à Invasão do Capitólio, nos Estados Unidos.

Apesar de ainda figurar como um país de “democracia falha”, as expectativas do trabalho para o Brasil neste quesito se tornaram melhores com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições.

“O presidente Lula continuará enfrentando desafios para unificar o país, mas tem um histórico de respeito às instituições democráticas durante seu mandato anterior”, enfatizou o relatório.

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