Estude melhor
Por Susane Ribeiro7 jeitos de aprender mais com menos esforço
O estudo não precisa ser penoso e entediante. Saiba como se preparar para o vestibular de formas mais leves
Quando ouve falar em vestibulando, você automaticamente pensa em alguém cansado que estuda infinitas horas por dia? O desafio desse texto é tirar essa imagem da sua cabeça. O estudo não precisa ser penoso, difícil, angustiante. Ele pode ser leve, tranquilo e interessante. E melhor: ainda assim dar certo e garantir a aprovação no vestibular! Neste texto, vou te ensinar sete jeitos de aprender mais, com menos esforço.
Alguns deles podem ser um pouco contraintuitivos, como ler resumos antes e não depois das aulas, mas são eficazes! Confira.
+ Aprovada em universidades públicas estudava só 3 horas por dia
1. Pule o assunto difícil ou troque a ordem
Sabe quando a gente empaca naquele conteúdo de física mecânica e não consegue avançar? Ou então quando as funções de química inorgânica não entram por nada na mente, e você precisa terminar esse tópico antes de seguir para o próximo? Aqui vai uma notícia boa: você não precisa aprender os conteúdos da forma como eles são organizados na escola ou no cursinho! É possível pular determinado assunto, quando estiver muito difícil, ou simplesmente inverter a ordem dos conteúdos conforme funciona melhor para você. Nem sempre a abordagem de persistir é a mais sábia, especialmente quando está muito difícil e realmente parece que não tem evolução. Deixe o que está te atrasando para trás e volte quando se sentir mais preparado.
+ O método de estudos para quem quer (quase) gabaritar humanas no Enem
2. Converse com o ChatGPT
Essa dica não é nova e já falamos sobre o assunto em outro texto, mas sempre vale reforçar: use a tecnologia ao seu favor. O ChatGPT pode ser seu aliado, quase um tutor, e ajudar na compreensão de conteúdos. Quando não estiver entendendo determinado assunto, peça que ele te explique da forma como falaria com uma criança ou então que use mnemônicos. Funciona!
+ ChatGPT: 5 comandos secretos que ajudam na preparação para o Enem
3. Dose mínima eficaz
Sem desespero: você não precisa zerar um conteúdo e ter todos os detalhes na ponta da língua em um dia ou uma semana. Caso esteja com dificuldades e nenhum outro método tenha funcionado, você pode fracionar o aprendizado em vários pedacinhos. Que tal fazer um exercício daquele assunto difícil por semana, até conseguir absorvê-lo completamente? Será, certamente, menos traumático.
4. Mapa mental ou resumo antes da aula
Quer tornar as aulas um pouco mais dinâmicas e interessantes? Experimente ver um mapa mental ou resumo antes! Você não precisa seguir a ordem tradicional de assistir a todo o conteúdo para só depois sintetizar o que aprendeu em um mapa mental. É possível consultar previamente resumos sobre aquele assunto, mesmo que não compreenda 100%. Mais tarde, na aula, você vai preenchendo as lacunas aos poucos. É uma forma de aguçar a curiosidade e até de ser mais participativo, já que conhecendo um pouco o tema você pode fazer perguntas e interagir com o professor.
+ Estudo passivo ou estudo ativo: entenda quando usar cada método
5. Use a prática variada
Quando se trata de estudar para o vestibular, muita gente pensa que o ideal é se prender a uma ordem, metodologia ou rotina de estudos e seguir com ela não importa o que aconteça. Tem a hora específica de ver a aula, o momento do resumo, e depois o do exercício. A proposta aqui é deixar todo esse rigor um pouco de lado. Se você está no meio da lista de exercício e não lembra um detalhe do conteúdo, por que não parar um pouquinho e ver um vídeo explicativo rápido? Ou então intercalar a videoaula com momentos para explicar o conteúdo para si mesmo e garantir que está entendendo? A prática variada te ajuda a não perder o foco e garante um estudo menos maçante.
6. Evite o Einstellung
Nunca ouviu falar dessa palavra na sua vida? Calma que eu explico. Sabe quando você está tentando responder uma questão há um tempão, lê o enunciado várias vezes, e só consegue pensar em uma resolução possível – que não leva à resposta correta? Esse é o Einstellung. Resumindo, é quando você só consegue enxergar única solução para o problema, não é capaz de pensar fora da caixinha. A Barbara Oakley, autora do livro Aprendendo a Aprender, explica que o nosso cérebro tem dois modos de funcionamento: o focado e o difuso. Os dois são úteis, já que o focado é acionado quando estamos aprendendo algo novo e que precisa de plena concentração. Já o difuso opera quando nosso pensamento corre livre e a mente está relaxada. Ele é mais associado à criatividade.
Se você identificou que está passando por um Einstellung durante os estudos ou mesmo na prova, é hora de mudar a chavinha do cérebro e acionar o modo difuso, para enxergar outros caminhos de resolução. Como fazer isso? Pare um pouco, vá ao banheiro, tome uma água e tente relaxar. Quando voltar ao exercício, você pode ter um olhar completamente diferente para o problema.
7. Tire a ideia do bicho-papão
O Enem, a Fuvest, o ITA ou qualquer outro vestibular pode parecer um verdadeiro mostro quando você não conhece a prova e tem apenas uma ideia abstrata – e assustadora – de como ela é. Por isso, o último jeito de aprender melhor, e com menos esforço, é conhecendo a prova que vai prestar no final do ano. Não é necessário dominar todos os tópicos da biologia ou conhecer as principais fórmulas de física antes de dar uma folheadinha no Enem de anos anteriores. Pegue a prova, entenda a estrutura dos exercícios, e acabe com essa ideia do bicho-papão.
+ Ele foi aprovado em 1º lugar no vestibular mais difícil do país
Susane Ribeiro foi aprovada em engenharia aeronáutica no ITA, em medicina na USP e na Unicamp e criou o Método Sniper de Questões. Ela tem um canal no YouTube onde dá dicas para estudar melhor e manter a motivação.
“Murcha” ou “mucha”: qual é o certo?
O que são cometas?
Enem 2024: último dia para pedir isenção da taxa de inscrição
“Seriguela” ou “ciriguela”: qual o certo?
“Guerra Civil”: o que o filme com Wagner Moura ensina sobre História e política
