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Diretor da Fuvest dá dicas para a segunda fase do vestibular 2023

Gustavo Monaco revela se a prova da segunda fase terá novidades, como aconteceu na primeira, e fala das expectativas sobre a redação

Por Juliana Morales
21 dez 2022, 14h34

A prova da primeira fase da Fuvest 2023 deixou um pouco de lado a divisão tradicional por disciplinas e apostou em questões que tratam de mais de uma área do conhecimento ao mesmo tempo. A preponderância da interdisciplinaridade surpreendeu muitos alunos e gerou dúvidas sobre o que esperar da segunda fase do vestibular, que acontece nos dias 8 e 9 de janeiro de 2023. A grande indagação dos candidatos é se a próxima etapa também passará por mudanças neste ano. 

Em entrevista ao GUIA DO ESTUDANTE, Gustavo Ferraz de Campos Monaco, diretor executivo da Fuvest, tranquilizou os estudantes ao garantir que a segunda etapa segue ligada ao modelo tradicional, sem novidades. Ele explica que esta etapa é bem diferente, visto que o candidato responde apenas questões ligadas à área de conhecimento do curso no qual ele se inscreveu. “No próprio manual já diz que quem concorre para o curso de Direito fará uma prova de História, Geografia e Matemática. Diante disso, eu não posso surpreender o aluno e cobrar um assunto de Biologia, por exemplo”, explica.

Como é a segunda fase da Fuvest

Vale lembrar que a segunda fase é composta por dois dias de prova, com duração de 4 horas cada uma delas. O primeiro dia terá 10 questões de Língua Portuguesa – envolvendo compreensão e interpretação de textos, gramática e literatura – e uma redação.

Já o segundo terá 12 questões de igual valor, sobre duas a quatro disciplinas, dependendo da carreira escolhida. Se forem duas disciplinas, haverá seis questões para cada uma delas. Se forem três disciplinas, haverá quatro questões para cada uma. Se forem quatro disciplinas, serão três questões para cada. Lembrando que todas as questões, nos dois dias de prova, são dissertativas.

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+ Fuvest: 6 coisas que você precisa saber antes da segunda fase

O que esperar da redação deste ano

Ao ser questionado sobre como será a prova de redação da Fuvest 2023, Gustavo Monaco diz que a principal dica para fazer um bom texto é ter tranquilidade no momento de interpretar a proposta. Ele reforça que a Fuvest não pede diferentes gêneros textuais, como a Unicamp. O candidato tem que estar preparado para desenvolver uma dissertação.

“A única grande surpresa é a temática do texto”, garante o diretor. “Por meio de textos motivadores, imagens ou charges, a Fuvest sempre dá um direcionamento daquilo que se espera com o tema central”, completa.

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+ Saiba mais o que não pode faltar na sua redação da Fuvest

A banca do vestibular da USP valoriza o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. O estudante deve mostrar que sabe fundamentar sua tese com seu repertório pessoal de informações. Ou seja, que consegue fugir do senso comum, apresentando um conhecimento construído ao longo da vida e em tudo o que absorveu de seus estudos.

Monaco deixa ainda um último alerta: “o candidato também não pode esquecer de colocar um título na sua redação!”. Neste outro texto do GUIA DO ESTUDANTE, você confere dicas sobre como fazer um bom título para a redação da Fuvest

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As expectativas em relação à cobrança das obras obrigatórias

Outra surpresa da primeira fase foi a baixa incidência de perguntas sobre as obras obrigatórias. Apenas três livros da lista foram cobrados neste ano, o que é pouco comparada à média das últimas edições, de cerca de nove perguntas.

O diretor afirmou que isto não sinaliza uma mudança ou nova tendência do vestibular da USP. “Foi apenas uma circunstância desta edição”, garante. Portanto, tanto para a segunda fase quanto para os próximos anos, a lista de livros obrigatórios continua merecendo a atenção dos estudantes.

+ Veja quais livros têm mais chances de aparecer na segunda fase, segundo os professores

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Futuras mudanças na segunda fase

Gustavo Monaco diz que, no futuro, a segunda fase terá que passar por mudanças também para se adaptar ao modelo do Novo Ensino Médio, que será implementado completamente nas escolas brasileiras até 2024.

Esta é uma tendência não só da Fuvest, mas também do Enem e de outros vestibulares. Espera-se que com a reformulação dentro das salas de aula, as provas se baseiem nesse novo contexto, utilizando a nova grade curricular como referência para mudanças.

Mas ainda é necessário estudar, fazer testes e ver qual o melhor caminho. São planos a médio prazo, não para o ano que vem”, afirma o diretor.

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Confira a entrevista completa com o diretor da Fuvest neste link

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Gustavo Monaco revela se a prova da segunda fase terá novidades, como aconteceu na primeira, e fala das expectativas sobre a redação

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