Unicamp 2022: o que esperar da prova e os temas atuais com chances de cair
Mudanças climáticas, pandemia e crise hídrica são algumas das apostas para a prova, que é conhecida por tratar de assuntos contemporâneos
No próximo domingo (7), acontece a primeira fase da Unicamp 2022. O vestibular organizado pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas) vem arrancando elogios de professores ao longo das edições. E as expectativas para esse ano também são positivas. “Os candidatos podem esperar uma prova sofisticada e desafiadora”, aposta Daniel Perry, diretor do Curso Anglo.
Perry destaca a criatividade da avaliação da banca que costuma usar uma ampla variedade de fontes, exigindo do candidato uma postura analítica. Há textos científicos, literários, poemas, músicas, pinturas, esculturas, charges, mapas, gráficos, tabelas. “O exame cobra conteúdo tradicional e exige o domínio de habilidades. É uma avaliação completa”, diz. O estudante deve estar preparado para uma prova trabalhosa, uma vez que a Unicamp exige leitura atenta de enunciados que são bem elaborados e complexos.
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Outra característica importante que a Unicamp estabeleceu há alguns anos é ser uma prova conectada com o que está acontecendo no Brasil e no mundo. No ano passado, por exemplo, a prova abordou temas contemporâneos como epidemia, coronavírus, eleições americanas, feminismo negro, gênero neutro e ditaduras.
“O vestibular da Unicamp se apresenta atual tanto nos textos motivadores das questões como nas coletâneas das redações, que sempre estão ligadas à temáticas que acompanhamos nos jornais ao longo do ano”, observa Amanda Oscar, assessora pedagógica do Sistema pH. A redação, no entanto, só vai acontecer na segunda fase.
Perry acredita que o vestibular vai continuar seguindo esse caminho de atualidades. “Isso indica o tipo de estudante que a universidade deseja: um cidadão bem informado e com capacidade crítica, atento às questões sociais e que valoriza a ciência”.
Discussões atuais que podem aparecer na prova
Perry e Amanda citaram a pandemia da covid-19 como um recorte temático muito provável de aparecer na prova, já que ainda é uma realidade que enfrentamos. A prova, segundos os professores, deve levantar discussões não apenas sobre o vírus, mas sobre as consequências da pandemia, como as crises econômica e social.
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Outra temática levantada pelos dois foram as mudanças climáticas, que é um importante debate global. Amanda destacou o avanço das queimadas e discussões sobre o agronegócio. Ainda sobre o meio ambiente, a assessora pedagógica aponta a questão da crise hídrica no Brasil e o perigo da reincidência dos apagões.
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Passando para o eixo tecnologia, Amanda aposta na discussão sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020, e a ideia de liberdade e privacidade dos dados dos usuários na internet. O GUIA fez um reportagem explicando o funcionamento e o impacto da LGPD na vida das pessoas, confira aqui.
Já em geopolítica, o destaque são os conflitos entre Israel e Palestina. A rivalidade existe há muitos anos. Mas, em 2021, uma nova escalada de violência foi motivada por ameaças de despejos de famílias palestinas.
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Perry afirma que questões identitárias continuam atuais, então a probabilidade de aparecerem testes envolvendo feminismo, movimento negro, movimento indígena e pautas LGBTQIA+ é grande. “As redes sociais e as novas formas de interação entre pessoas é um assunto bastante frequente na mídia também”, indica.
No campo político, o diretor do Anglo destaca como uma possibilidade o debate em torno do crescimento de grupos de extrema direita – “mesmo que apareça em perguntas indiretas, como em uma questão de História sobre o fascismo”.
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