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7 profissões que vão surgir com a Inteligência Artificial

Identificador de deepfake, gerente de robô, roteirista de chatbot. Conheça empregos que vão surgir e veja as habilidades necessárias para trabalhar com IAs

Por Karin Hueck
Atualizado em 19 set 2023, 17h16 - Publicado em 5 jul 2023, 12h54

O mundo do trabalho nunca mais será o mesmo depois que as inteligências artificiais (IAs) realmente pegarem no batente. Será possível aplicar o famoso “machine learning” para fazer todo tipo de atividade burocrática dentro de escritórios – coisas como escrever relatórios, fazer pesquisa, planejar pagamentos, organizar planilhas, atualizar fluxo de serviço, entre muitas outras atividades.

Isso, é claro, vai fazer com que diversas profissões e cargos deixem de existir: algo em torno de 300 milhões de empregos ao redor do mundo podem desaparecer, calcula-se. Outras tantas atividades podem não sumir, mas vão mudar completamente – há estudos que apontam que até dois terços das profissões vão ser impactadas por algum tipo de automação

A principal mudança será na produtividade. “O que antes precisava de dez pessoas para ser feito, muito em breve será feito por robôs e supervisionado por um único ser humano”, diz Rafael Kenski, especialista em IA e fundador do kenskia.com. Isso acontece porque, de acordo com Kenski, um robô é bom o suficiente para substituir o trabalho de muitas pessoas – mas não é perfeito. “A Inteligência Artificial vai sempre precisar de alguém para corrigir e aprovar o que ela faz”, diz.

É por esta e outras razões que nem tudo é má notícia do mundo das IAs. Assim como em outros momentos de grande mudança na história, vamos acabar nos adaptando a um mundo com máquinas fazendo o grosso do trabalho duro. E, com isso, novas profissões vão acabar dando as caras.

Veja aqui uma lista com alguns desses cargos novinhos em folha.

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1. Criador de prompt:

“Prompts” são os pedidos que você faz para o robô, ou seja, a forma como você se comunica com ele. Para que as IAs tragam respostas cada vez melhores, é preciso formular os pedidos da maneira mais certeira possível, sem ruídos ou ambiguidades. Para isso, surgirá a profissão designer de prompt: uma pessoa que conheça tão bem a forma como cada IA específica trabalha que saberá exatamente como tirar o máximo delas. 

Essa é uma profissão que vai exigir das pessoas um grande conhecimento em programação – entender como as IAs funcionam e são alimentadas, por exemplo – mas também muito de comunicação. Pessoas formadas em humanidades – jornalismo, letras, publicidade – poderão se dar bem nesse emprego.

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2. Especialistas em cibersegurança:

As IAs são tecnologias tão revolucionárias que são capazes de criar soluções milagrosas – e problemas igualmente gigantescos. Peguemos o exemplo dos robôs que conseguem reproduzir a voz de qualquer pessoa: a possibilidade de fraudes é enorme. Basta que alguém use essa IA para ligar para você com a voz, digamos, da sua mãe, pedindo um PIX urgente. Quem não estará sujeito a um golpe como esse? Áreas cinzentas e aplicações de IA com dilemas éticos, como o caso da propaganda da Volkswagen que “ressuscitou” a cantora Elis Regina para cantar uma música ao lado da filha, vão pipocar o tempo todo.

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Haverá fraudes mais complexas também. É possível programar IAs para dar qualquer tipo de resposta – inclusive erradas ou mal-intencionadas – ou que incluam, por exemplo, a instalação de programas com malwares na máquina dos usuários. Para evitar todos esses (e futuros) tipos de crime, nascerá a profissão de segurança de IA. Serão programadores, cientistas da computação e engenheiros de softwares que trabalharão antevendo, identificando e impedindo esse tipo de problema.

3. Auditor de chatbot:

Faça o teste aí na sua casa. Abra o Google Translate e escreva “ela é uma médica” em português e peça para que o robô traduza a frase para o turco. O resultado “o bir doktor mu” é uma oração sem gênero, porque o turco não distingue o masculino do feminino nessa construção. Agora pegue “o bir doktor mu” e traduza de volta para o português e veja a frase inicial se transformar em “ele é um médico”. Faça o mesmo procedimento com “ele é um enfermeiro” – e veja o robô transformando o enfermeiro em uma enfermeira. Sim, o Google Translate presume que um profissional de medicina seja homem e o de enfermaria, mulher. Robôs, obviamente, não têm vieses: eles apenas refletem os estereótipos e preconceitos humanos quando aprendem com o conhecimento gerado por nós. Há inúmeros exemplos problemáticos que são criados pelas IAs – e que precisarão ser vigiados por auditores. 

A pessoa ideal para esse cargo é alguém com senso crítico, com capacidade de análise e solução de problemas. Novamente, seria alguém de Humanas com conhecimentos de programação. Antropólogos, sociólogos e jornalistas, por exemplo, se dariam bem nesses cargos. Haverá também uma grande demanda por especialistas em compliance: ou seja, advogados capazes de detectar infrações legais, como plágios e problemas de direito autoral e privacidade, entre outros.

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4. Engenheiro de machine learning.

Essa não é exatamente uma profissão que vai surgir – afinal, já existe. O que vai mudar é a demanda por ela. Para que as IAs entrem no mercado de trabalho de vez, será preciso desenvolver aplicações de machine learning para todas as áreas de atuação. Pessoas formadas em ciência da computação, engenharia de software e programação irão, de fato, construir os robôs – e dificilmente ficarão desempregadas nos próximos anos. 

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      5. Designer de IA

      Esse profissional será responsável por desenvolver a forma como os robôs vão se comunicar e interagir com humanos. Será alguém que vai imaginar e desenhar o universo por trás dos chatbots: criar a “psicologia” e o comportamento deles, digamos assim. Esse profissional vai, por exemplo, prever as interações de um cliente com um atendimento ao consumidor automatizado: isso inclui pensar quais são as demandas mais comuns das pessoas, criar a forma como o robô apresentará soluções e estipular os caminhos de comunicação para chegar até lá.

      Essa interação precisa ser roteirizada em forma de prompts. Atualmente, ainda são profissionais de TI que fazem esse serviço mas, à medida que as IAs se tornarem mais complexas, a interação também terá de ser mais precisa. Neste cenário, profissionais das áreas de UX, arquitetura da informação, comunicação, e com noções de roteiro e storytelling poderão atuar como designers de IA.

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      6. Gestor de robôs: 

      Esse é o cargo que vai substituir o atual gestor de projetos em praticamente todas as áreas. Boa parte do trabalho feito em grandes empresas poderá ser substituído por robôs, especialmente nos cargos mais iniciais. Em uma agência de publicidade, por exemplo, as propagandas poderão ser inventadas por IA. No jornalismo, chatbots escreverão as notícias. Escritórios de advocacia, multinacionais, pequenas empresas: todos eles poderão usar IAs para escrever relatórios, controlar gastos, desenvolver programas de computador, administrar pagamentos, por exemplo. 

      De acordo com Rafael Kenski, o que não será substituído tão cedo, porém, serão as pessoas que supervisionarão os resultados trazidos por essas máquinas. Serão os gestores de robô: profissionais de todas as áreas com vários anos de experiência, que conhecem bem os negócios de suas empresas e que aprovarão o trabalho das IAs. “São as pessoas que antes supervisionavam muita gente dentro das empresas. Em breve, elas vão supervisionar um time de robôs”, diz Kenski.

      + 7 profissões que jamais serão substituídas por inteligência artificial

      7. Analista de IA

      Este profissional terá um serviço mais braçal, mas igualmente importante para o bom funcionamento dos robôs. O analista de IA irá, bem, analisar os resultados trazidos pelas máquinas e avaliar se foram úteis ou não. Também poderão classificar o tipo de resposta gerada. Esses dados, por sua vez, serão retroalimentados para as próprias IAs, para que elas fiquem cada vez melhores. Qualquer pessoa treinada para esse serviço poderá trabalhar na função.

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      Em um segundo momento, essa atividade também vai gerar dados quantitativos de inteligência e estratégia, que terão de ser interpretados e poderão ser úteis para insights de mercado ou o desenvolvimento de novas IAs. Isso, é claro, é trabalho para formados em estatística ou especialistas em métodos de pesquisa, como marketeiros ou cientistas sociais

       

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