‘Sex Education’: saiba como usar a série na redação

Felizmente, temos nossas séries queridinhas para maratonar no conforto do sofá, né? Uma pesquisa da SEMrush, empresa de makerting digital, apontou as séries de TV mais buscadas pelos brasileiros em janeiro e fevereiro de 2020. Ou seja, um pouco antes do período de isolamento começar em decorrência da pandemia de covid-19.

A série da Netflix Sex Education foi a mais pesquisada, com 1,6 milhão de buscas. O estudo leva em conta pesquisas no Bing e no Google. Além de uma ótima forma de entretenimento, a campeã aborda temas atuais e importantes que podem fazer parte da sua argumentação nas redações dos vestibulares.

Pensando nisso, o Lucas Felpi, que tirou nota 1000 na redação do Enem de 2018 e que hoje dá cursos que ensinam outras pessoas a alcançarem a mesma nota, fez um post no Insta analisando como utilizar a obra. Inspirados pelo post do Felpi, separamos algumas dicas também.

Antes, um resumão

Para quem ainda não assistiu, em um resumo breve e sem spoilers, a série conta história do tímido Otis (Asa Butterfield), um garoto virgem, mas que sabe muito sobre sexo (na teoria), por causa da sua mãe Jean (Gillian Anderson), uma terapeuta sexual.

Após ajudar e aconselhar alguns colegas em relação a questões sexuais, Otis, com o apoio de seu melhor amigo, Eric (Ncuti Gatwa) e da rebelde Maeve (Emma Mackey), decide montar uma espécie de clínica sobre educação sexual, dentro da própria escola. Nesse cenário, são formadas relações de amizade e amorosas, aparecem conflitos e reviravoltas.

Tanto na primeira como na segunda temporadas, a série usa a história dos personagens para problematizar, esclarecer e ensinar sobre sexualidade, feminismo, assédio, religião, estereótipos, amizade e aceitação. Confira mais sobre as discussões importantes tratadas em Sex Education:

(Atenção! A partir daqui você pode encontrar spoilers) 

Assédio e feminismo

Desinformação e fake news

A série aborda a importância da educação sexual no ambiente escolar, para esclarecer os jovens, que estão passando por um processo complicado de descobertas e amadurecimento. Além das aulas, há exemplos mais práticos da educação sexual na escola (ou da falta dela).

Um exemplo é o surto de clamídia, uma doença sexualmente transmissível. Muitos jovens não tinham conhecimento sobre métodos de prevenção de DSTs e acreditaram que a doença era transmitida pelo ar, gerando desespero e nervosismo. São fake news como essa, que são compartilhadas no “mundo real” também, e que geram a tão grave desinformação também na área da saúde. Em tempos de pandemia, como esse em que vivemos, isso é um grande problema, inclusive.

Homofobia

A homofobia e o bullying na escola, ainda tão presente na realidade atual, são retratados com um personagem muito querido pelo público: Eric. Após sofrer agressões verbais e violência física por ser gay, ele muda seu modo de se vestir, guarda suas roupas estilosas, tentando esconder sua identidade, por medo de mais opressão e preconceito.

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Aborto

O tema polêmico e delicado sempre está em discussão na sociedade e aparece na série por meio da personagem Maeve. Ainda muito nova, foi abandonada pela mãe, viciada em drogas. Quando descobre que está grávida, sem condições para ter um filho, decide abortar. Além de suas questões internas, ainda precisa lidar com manifestantes antiaborto na frente de onde vai realizar o procedimento.

Expectativa dos pais

O jovem Jackson, um dos alunos de Moordale, é um garoto popular, reconhecido pela chuva de medalhas que ganha na natação, mas não aguenta mais a pressão de ser sempre um vencedor. Ele vive um tormento íntimo: medo de decepcionar suas duas mães, que colocam todas as expectativas em cima dele.

Você pode assistir todas as temporadas de Sex Education aqui.

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